
April 26
Você já ouviu falar em acessibilidade digital? Como o nome sugere, o conceito visa eliminar barreiras no universo online, que muitas vezes dificultam ou até impedem o acesso de pessoas com deficiência aos conteúdos e recursos da internet.
Segundo dados publicados pelo Governo Federal, 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de necessidade especial. Isso representa 23,9% de toda a população. Em uma sociedade cada vez mais pautada pela tecnologia, a acessibilidade digital possui um papel fundamental para que ninguém seja excluído de seus avanços.
Mas afinal, quais os principais impactos do conceito e como ele pode ser aplicado na prática? Descubra ao longo deste artigo.
De maneira geral, a acessibilidade digital visa garantir que todos os indivíduos possam compreender, interagir e navegar de forma efetiva nas páginas de qualquer site ou aplicativo. Apesar de ser uma demanda enorme e de suma importância, menos de 1% dos websites cumprem todos os requisitos de acessibilidade no Brasil. Isso é o que indica um estudo feito pelo Movimento Web para Todos. Dos 13.985.763 sites online no país, 99,25% falham em ao menos um critério de inclusão. A boa notícia é que somente 0,01% das páginas não conseguiram atender a nenhuma exigência de acessibilidade digital.
Podemos dizer que a conscientização sobre o tema é crescente e deve ganhar cada vez mais espaço na web. Afinal, ele proporciona benefícios muito significativos, que incluem:
Como todos sabem, a internet é uma ferramenta poderosíssima de inclusão. Ela elimina barreiras, difunde conteúdos e permite o acesso a inúmeras facilidades. Hoje em dia, qualquer pessoa pode estudar, agregar conhecimentos, explorar novas experiências e até trabalhar ou fazer suas compras sem sair de casa, tudo na palma das mãos.
Graças à acessibilidade digital, esses benefícios se tornam ainda mais democráticos e são acessíveis independentemente de limitações perceptivas, físicas ou motoras.
De acordo com a última edição da pesquisa Click-Away Pound, 69% das pessoas com deficiência afirmam abandonar um site caso encontrem barreiras para utilizá-lo. Inclusive, 86% delas gastariam mais em um e-commerce com acessibilidade digital. Como se não bastasse, páginas acessíveis atendem melhor aos requisitos dos mecanismos de busca.
Afinal, isso garante uma melhor navegabilidade, velocidade e compatibilidade com diferentes plataformas. Ou seja, trata-se de um diferencial decisivo para atingir um público ainda maior.
A responsabilidade social das empresas é algo cada vez mais valorizado pelo mercado. Mais que uma questão ética e de bom senso, ela é decisiva para o posicionamento dos negócios. Ou seja, adotar uma abordagem cada vez mais humanizada e focada na inclusão do público é algo fundamental para os produtos digitais e deve fazer parte de toda a cultura organizacional.
Considerando que vivemos na era da tecnologia, a acessibilidade digital é um dos requisitos mais importantes nesse sentido.
Atualmente, existem diferentes tipos de tecnologias e inovações assistivas. De soluções simples às mais complexas, e variam de acordo com o tipo de limitação a ser atendida. No caso dos cegos, por exemplo, o uso de sites é feito por meio de sistemas que leem a tela. Eles narram o conteúdo das páginas para que o usuário consiga navegar entre elas.
Já para as limitações motoras significativas, como no caso dos tetraplégicos, existem alternativas de comandos de voz e até para navegar com o movimento dos olhos ou boca. Em todos os casos, a acessibilidade digital deve ser planejada para que o customer experience consiga atender a diferentes recursos e sentidos.
Isso significa que conteúdos inclusivos são aqueles que levam em consideração o fato de que as pessoas podem acessá-los com o apoio de diferentes vias sensoriais. A comunicação multissensorial é aquela que inclui textos com áudios, vídeos legendados, imagens apoiadas por descrições, entre muitas outras ponderações semelhantes no desenvolvimento de produtos.